quinta-feira, 30 de junho de 2011

A escultura - breve história.

Magia, religião, beleza, desafio, educação, perfeição, realidade, protesto e imaginação. Todas essas palavras conceituaram a arte em algum momento de sua história. A mudança desses conceitos e idéias desde a Pré-história é que irão delinear todo o movimento da arte até os nossos dias. Uma história de constante sobreposição de conceitos e idéias geradoras de imagens.


A ESCULTURA AMULETO
Imagem e realidade para os homens das cavernas não eram conceitos opostos, estabelecia-se assim uma relação mágica com a imagem, ou seja, sem nenhuma intenção decorativa, a arte, em uma época em que esse conceito nem existia, tinha uma função muito específica: a magia. Havia uma correlação entre a realidade e a imagem, portanto os desenhos feitos serviam como garantia de que aquele fato representado se tornaria realidade. Dessa forma a escultura inicia seu percurso na história da arte: a Vênus de Willendorf, uma pequena estatueta representando o corpo feminino com seios enormes e ventre abundante simbolizava a fertilidade da mulher, uma escultura-amuleto, garantindo com aquela imagem a procriação.
Vênus de Willendorf.

O ABRIGO DA ALMA
Os homens resolveram cultivar a terra, organizaram-se em tribos, se desenvolveram economicamente, dividiram-se em classes sociais e formaram um Estado para administrar essa sociedade civilizada. O Egito foi uma das grandes civilizações surgidas na Idade Antiga. A arte para os egípcios girava em torno da figura divina do Faraó e da crença na vida depois da morte. As pirâmides eram construídas para ajudar o faraó em sua volta para os deuses e as múmias eram feitas para preservação do corpo, pois eles acreditavam que a alma precisaria daquele mesmo corpo para continuar vivendo. Uma nova função para a escultura: abrigar a alma do Faraó, pois as estátuas produzidas nessa época serviam para substituir o corpo decomposto ou ainda representar os escravos e servos do Faraó que inicialmente eram enterrados vivos nas tumbas. As esculturas eram produzidas de acordo com regras rígidas estabelecidas, onde o que importava não era a beleza, mas a clareza, ou seja, as figuras tinham que ser representadas em seu melhor ângulo. Por esse motivo, grande parte das esculturas egípcias era rígida e estática.

O MOVIMENTO PERFEITO
A escultura ganha movimento na arte grega, pois em contato com civilização egípcia, os gregos produziram suas imagens a partir do ponto de desenvolvimento no qual eles chegaram. Mas, a Grécia não era constituída de um Estado unificado, era composta de várias cidades-Estado e na religião não havia uma figura tão poderosa como o Faraó. Esses fatores contribuíram para que os gregos produzissem suas esculturas com menos rigidez do que os egípcios. Os gregos passaram a seguir os olhos e não mais as regras. O incentivo à experimentação fez com que a estatuária grega atingisse um alto grau de desenvolvimento. As formas naturais e perfeitas de suas esculturas tinham como função representar seus deuses e adornar seus templos.

A ESCULTURA MILITAR
A Grécia é dominada pelo poderoso Império Romano. Eles se apropriaram do território grego, de seus deuses e de sua arte. Mas, os romanos eram povos mais práticos que os gregos, por esse motivo a escultura sofreu, nas mãos desses poderosos conquistadores, uma nova mudança: no lugar de deuses, imperadores, no lugar das estórias do Olimpo, a escultura representa agora a história dos homens, de seus imperadores e suas conquistas. Uma outra mudança formal observada na escultura romana diz respeito aos seus retratos que passaram a ser mais realistas, menos idealizados e com o interesse voltado mais para a expressão facial, ao contrário dos gregos que se preocupavam mais com os movimentos do corpo.

O DESAPARECIMENTO DA ESCULTURA
Idade Média: um mundo fragmentado por batalhas, invasões e feudos fortificados. Em meio a essa desorganização, a igreja católica era a única identidade institucional existente, exercendo um papel de unificação social. A utilização de imagens foi um dos primeiros problemas a ser enfrentado pela igreja cristã na época de seu surgimento. Como forma de difusão da fé católica a igreja utilizou a arte como instrumento de informação e difusão de suas idéias. Mas, temendo uma associação com as religiões pagãs, as autoridades eclesiásticas raramente autorizavam a produção de esculturas, sendo o mosaico a expressão artística mais utilizada. Com o tempo esses conceitos iniciais foram se modificando e a escultura volta a perfeição, harmonia e a expressividade dos gregos, mas com um novo objetivo: contar a história de cristo.

O RENASCIMENTO DA ESCULTURA
Com o surgimento das cidades, a intensificação do comércio e a formação das primeiras monarquias nacionais a sociedade feudal entra em declínio, fazendo surgir uma nova classe social : a burguesia. Essa mudança cria uma nova mentalidade em todas as áreas: política, econômica, artística e social. O homem volta seu interesse para si próprio. Passou a explicar o mundo através da razão e da ciência e não mais pela fé. O estudo da anatomia humana era objeto de estudos intensos nos ateliers de artistas consagrados como Andrea del Verrochio e Michelângelo. Sendo assim, a escultura atinge nessa época seu ápice: perfeição, clareza, equilíbrio e harmonia.

O BARROCO: A ESCULTURA EM BUSCA DE ALGO NOVO
Trabalhando para a Igreja e para os reis, a classe artística ganha efetivamente respeito e fama. Mas, por volta do século XVI, ocorre uma crise na arte, mudando, mais uma vez, a forma de representação artística. A arte atingiu a perfeição e agora nada mais resta a fazer, a não ser copiar o que já havia sido feito. Foi nessa tentativa de buscar algo além da perfeição que surge um movimento artístico conhecido como Barroco. Cansados da razão, da harmonia e da clareza renascentista, as esculturas produzidas se voltam para a emoção, a imaginação e a tensão. Os gestos harmônicos são substituídos por gestos inesperados e fora do comum. O escultor Bernini e sua obra "O êxtase de Santa Teresa" representam o dinamismo e o movimento dramático da escultura barroca.

A ESCULTURA NO SÉCULO XIX
A rapidez do mundo industrializado influenciou toda a arte desse século. Muito mais rápidos, os movimentos artísticos oscilaram entre uma volta à clareza e a razão - com o neoclássico - e uma busca por paixão, violência e movimento por artistas românticos. A descoberta da fotografia libera o artista da incessante busca do real, despertando a criação de formas mais livres de representação. Mas a escultura se encontrava estagnada, voltada unicamente para a produção de monumentos públicos decorativos em estilo acadêmico. Lutando contra todos esses valores passados, surge no cenário artístico um dos primeiros escultores modernos: Rodin. O naturalismo de suas esculturas, feitas a partir de modelos não convencionais como dançarinas e pessoas de sua família, incomodava os críticos da época da mesma forma que os artistas impressionistas. Sua marca registrada foi aliar o virtuosismo técnico ao seu espírito inovador que simplificava, distorcia as imagens produzidas e muitas vezes deixava a marca e textura do próprio material utilizado, ou seja , a pedra. Rodin criava assim um aspecto inacabado em suas obras que instigava a imaginação do observador e mais ainda, modificará toda a forma de pensar da escultura no século XX.

A ESCULTURA NO SÉCULO XX
A onda anti-realista que acontece na pintura com os movimentos de vanguarda, atinge também a escultura que ganha forma nas obras do escultor romeno Constantini Brancusi. Considerado o maior escultor modernista, Brancusi queria obter com suas imagens o contrário de Michelângelo. Enquanto o escultor renascentista queria revelar as formas que segundo ele estavam presas na pedra, o escultor moderno tinha outro objetivo: dar vida e movimento e ao mesmo tempo preservar as características da pedra. A sua obra "O beijo" de 1907, ilustra bem essa fase que aos poucos foi se modificando. Brancusi produzia cada vez mais com menos detalhes, chegando a total abstração, como é o caso de sua obra "Pássaro no espaço" de 1927.
Depois de simplificada a escultura ganhará movimento no Futurismo. Reflexo da velocidade do mundo industrial, as esculturas de Boccioni ganham "linhas de força" e parecem estar sempre caminhando para frente, sem olhar para a história ou para as imagens estagnadas do passado. As esculturas produzidas no pós-guerra sofrem algumas modificações: trabalham com novos materiais como sucata de metal, novas técnicas como a solda e novas formas como colagens e móbiles. A abstração ainda é dominante, mas com uma carga grande de experimentação. O grande destaque dessa época é o inglês Henry Moore. Seguindo o biomorfismo dos surrealistas, Moore trabalhava suas peças a partir da observação da natureza e de objetos históricos antigos como dos sumérios e pré-colombianos. O americano Alexander Calder vai literalmente colocar movimento na escultura, seus móbiles irão fazer com que a escultura flutue no espaço. Essas tendências abstracionistas também foram a base do Suprematismo e do Construtivismo que pregavam a arte abstrata, geométrica e uso de materiais industriais, conectando arte, ciência e tecnologia.
No Brasil, as idéias desses movimentos estão presentes nas neovanguardas dos anos 50 e 60, nos movimentos do Concretismo e do Neoconcretismo. Entre os ícones representativos dessas vanguardas temos Waldemar Cordeiro, Lygia Clark, Amilcar de Castro, Franz Weissman e Ivan Serpa. A arte Concreta surgiu no momento histórico pós-Segunda Guerra Mundial, período identificado pelo otimismo e pela euforia gerados por uma volta a paz. O país passava por um período de grandes promessas de desenvolvimento.
Nesse mesmo período é criado o Masp (1947) e o MAM (1948), em São Paulo e no Rio de Janeiro outro MAM (1949). Seus fundadores estavam interessados pela nova arte abstrata, por isso em 1951, Ciccilio Matarazzo, fundador do MAM de São Paulo, organizou a Primeira Bienal de São Paulo, sob os moldes da Bienal de Veneza. O principal artista a expor na Bienal foi Max Bill, com sua escultura Unidade Tripartida, uma fita de aço contínua em que todos os pontos se unem. Essa obra tornou-se um símbolo da evolução da arte abstrata.
O resultado do crescimento da arte abstrata no Brasil foi marcante e, já no início dos anos 50, surgem em São Paulo e no Rio de Janeiro, movimentos de arte concreta e pós-concreta que resultaram numa arte de alto nível, estabelecendo-se como referência a um dos momentos mais maduros e significativos da arte no país.
O concretismo é a promessa da construção do novo. Prega uma arte democrática, acessível a todos em sua simplicidade e objetividade. Esse movimento acredita também em uma linguagem universal, livre de contextos específicos e de um excesso de subjetividade e emotividade. Mas, essas idéias foram aos poucos sendo contestadas e surgiu no Rio de Janeiro um grupo dissidente. O grupo carioca, criticava o excesso do racionalismo teórico dos paulistas e considerava que a abstração geométrica poderia ter corpo e alma. Esse grupo ficou conhecido também como Neoconcreto.

AS TÉCNICAS
As primeiras esculturas são predominantemente de pedra, argila e madeira. A técnica inicial da pedra lascada instigou o homem a criar alternativas, ao longo da história, para aperfeiçoar a elaboração de suas peças: num primeiro momento através da abrasão da areia e mais tarde através da criação de peças em cobre, bronze e ferro. Trataremos aqui, brevemente, de algumas das técnicas da escultura.

MODELAGEM
Na modelagem, as mãos do artista são o principal instrumento e os materiais mais comuns são a argila, a cera e o gesso. A modelagem nesses materiais é muito utilizada como um meio auxiliar do escultor para estudos prévios ou como base para as técnicas do vazado em metal, cimento ou plástico.
Para a modelagem em argila, o material é trabalhado ainda úmido e, dependendo da escala do objeto a ser modelado, pode ser fixado sobre suportes de madeira, arame, borracha, cortiça ou qualquer outro material não absorvente. No caso em que a própria argila é o material final para a realização da escultura, se utilizam as técnicas cerâmicas de cozimento. Essa técnica era utilizada por muitas culturas antigas – tais como a Suméria e a Chinesa – na elaboração de esculturas de Terracota (terra cozida).

TALHA EM MADEIRA
Considerada arte menor, a escultura em madeira oferece um desafio maior ao escultor para dar o naturalismo desejado à figuração, devido ao veios e nós da madeira e à precisão que deve ser trabalhada. Com isso, o uso do policromado (técnica de pintura à têmpera sobre base de gesso, aplicada na escultura em madeira) condicionou de forma decisiva a evolução da escultura em madeira. Essa técnica foi muito utilizada no Barroco brasileiro na confecção do imaginário (santos do pau oco). A técnica da talha consiste no desgaste de um tronco de madeira através do uso de instrumentos como o cinzel, serras, foices, machados, isovela e brocas. Geralmente, a madeira é trabalhada a partir de um único tronco que tem seu interior esvaziado para evitar problemas com a umidade. No acabamento final, a peça é lixada e polida.

LAVRADO EM PEDRA
A técnica, considerada nobre, consiste em desgastar um bloco de pedra com uso de cinzéis, martelos, pontas, bouchardes , puas, furadeiras e abrasivos. Na escultura em pedra os erros são irreparáveis e, para garantir o sucesso da sua confecção, se deve fazer um esboço em argila, gesso ou cera, com posterior maquete, que passará para o bloco de pedra através de um sistema chamado “ponteado”.

VAZADO EM BRONZE
Nessa técnica, o uso passa a ser industrial e não é mais só a mão do artista que dá origem às formas. É preciso criar moldes e a figura vai nascer do interior do molde, com a fundição do cobre em conjunto com o estanho, o zinco e o aço, em quantidades exatas, para se criar a liga apropriada de bronze. A fluidez dessa liga é o que dará características próprias a cada escultura.
O vazado em bronze, para esculturas tridimensionais pode ser feito de três formas: a fundição à cera perdida, o modelado e a galvanotipia.
A técnica da cera perdida consiste em construir um modelo em cera que é coberto por um molde de argila de uma única peça; depois, a cera é derretida e o espaço é preenchido com o bronze. A partir desse método, conhecido como direto, são realizadas peças maciças de menor porte.
O método indireto consiste em modelar em barro a figura e, a partir daí, criar um molde em gesso dividido em várias peças. O interior do molde em gesso é recoberto por uma fina camada de cera e o vazio preenchido por terra. Após essa etapa, desmonta-se o molde de gesso, que deixa descoberto o modelo de cera para ser retocado. Cobre-se então a peça com a argila – mantendo-se um sistema de canais de coado e respiradouros – que servirá de molde definitivo. O bronze então vertido, substitui a cera. Esse método permite que a peça tenha uma espessura variável e é utilizado na confecção de esculturas de grande porte.
A galvanotipia consiste no depósito de uma fina camada de metal sobre um molde em negativo através da eletrólise que, em linhas gerais, é uma transferência química das partículas de metal para o molde. A operação se efetua dentro de um composto condutor de eletricidade onde são mergulhados 2 condutores – um negativo (o molde que se quer cobrir) e um positivo (uma solução do próprio metal que vai cobrir o molde).


AS TÉCNICAS ATUAIS 

Na arte moderna o objetivo não é mais o naturalismo e, com isso, a escultura ganhou novas formas de expressão, possibilitando a pesquisa de novos materiais e o emprego diferenciado das técnicas tradicionais.
Uma descoberta inovadora foi a aplicação do concreto na escultura – uma mistura de cimento, areia e áridos (pó de pedra ou partículas de granito ou mármore, que proporcionam diferentes texturas ao concreto). O concreto pode ser trabalhado na modelagem ou nos vazados. Na modelagem o processo é semelhante àquele da argila, a diferença é a armação que deve se adequar ao peso e à forma da escultura. Os vazados são realizados com moldes de gesso, madeira ou formas, que recebem a massa homogeneizada e depois são cobertos com sacos molhados até que a peça endureça.
Na escultura em metal a evolução foi marcante após a Revolução Industrial. Os artistas passaram a utilizar diversos tipos de materiais: chapas de ferro, pregos, arames, chapas de aço, lata, latão, alumínio, ferro-velho, tubulações e até automóveis prensados. Tudo isso obriga a utilização de ferramentas industriais – soldagem, maçarico, rebitadoras, brocas elétricas, máquinas para corte e dobradura do metal. O artista pode pintar, disfarçar soldas, polir e oxidar suas peças em metal.
Outros materiais, como os plásticos e a celulose, foram utilizados inicialmente na escultura pelos Construtivistas, a partir da década de 20. Ainda hoje, os materiais plásticos, acrílicos e sintéticos constituem base de pesquisa de muitos artistas contemporâneos, coordenando-os com outros materiais ou simplesmente utilizando-se da sua plasticidade e textura.
A arte contemporânea oferece tal liberdade ao escultor na escolha das técnicas, que a própria técnica se confunde com o objeto artístico: a escultura hoje se utiliza de meios mecânicos, eletromagnéticos, fenômenos naturais e da própria estrutura física do ambiente onde a obra será instalada.


Fonte:  http://www.cccv.org.br/galeria/vilar/escultura.htm

Vida e obra de Pierre-Auguste Renoir.


Biografia - Auguste Renoir (1841-1919)
Renoir e sua "joie de vivre"


Pierre-Auguste Renoir costuma ser chamado de "o pintor da vida". Ainda que nunca tivéssemos visto um quadro seu sequer, essa bela maneira de se referir a ele seria um forte chamariz para a obra deste homem, tido como uma pessoa alegre e carismática em vida, sempre rodeada de amigos.

Renoir nasceu na cidade de Limoges em 1841, filho de costureiros humildes. Aos quatro anos vai para Paris com a família, e lá passa uma infância feliz. Seu primeiro contato com as artes seria trabalhando como pintor de porcelanas em uma fábrica, atividade que o levou a decidir ser artista profissionalmente.

As aulas na Escola de Belas Artes e no estúdio de Charles Gleyre (onde conheceu Monet) eram intercaladas com "sessões" de pintura ao ar livre, geralmente nos parques e bosques próximos a Paris. Data daí o início das discussões a respeito de uma nova maneira de pintar, numa tentativa de captar nas telas momentos tão passageiros quanto a luz do sol e as sombras: juntamente de Monet, Sisley, Bazille, Degas e Manet, formava-se o grupo que inventaria o Impressionismo.

No caso de Renoir, que até gostava de pintar paisagens mas tinha clara preferência por retratar pessoas (fossem retratos de conhecidos ou de cidadãos anônimos), o mundo era composto por ruas reluzentes, muita luz e vida cotidiana. Estes eram os temas preferidos em sua obra.

O artista continuaria "integrando" o grupo dos impressionistas, mas nunca deixou de fazer os retratos que lhe davam sustento. Após viagens à Argélia (influenciado pela obra de Delacroix) e Itália, em 1881 (onde apreciou e se inspirou nos renascentistas, em especial Rafael), volta à França com novo fôlego e decide deixar um pouco de lado a maneira rápida, "inacabada" e impressionista de pintar para retratar personagens mais delineados e severos em quadros como "As Banhistas" (1884/87), com clara influência de mestres do Renascimento.

Algum tempo depois, porém, o artista voltaria ao seu estilo mais característico, mesclando conhecimentos clássicos a cores mais quentes, cenas do dia-a-dia e pinceladas mais livres.

Renoir foi casado com Aline Charigot, com quem teve 3 filhos. O segundo deles, Jean Renoir, viria a tornar-se um grande cineasta. Entre seus filmes destacam-se "A Grande Ilusão" (1937) e "A Regra do Jogo" (1939). Tendo vivido seus últimos em Cagnes, na Riviera Francesa, Renoir morreu em 1919, quatro anos depois de sua amada Aline. Mesmo sem conseguir andar ou segurar com firmeza o pincel, o artista continuou pintando até o fim da vida.

Curiosidades

  • Retrato apressado
    Durante sua viagem à Itália, no ano de 1882, Renoir visitou o compositor alemão Richard Wagner, na Sicília. Um amigo em comum, o juiz Lascoux, providenciou para que um retrato do famoso músico fosse feito e Renoir, que não apreciava o trabalho de Wagner, teve apenas 35 minutos para pintar a tela. Naturalmente, nenhum dos dois gostou do resultado, "semelhante a um pastor protestante", segundo o insatisfeito retratado.
  • Nome completo
    Os amigos Renoir, Monet, Sisley, Bazille, Degas e Manet formariam o grupo central do movimento impressionista, que à época da primeira exposição dos quadros feitos sob essa nova maneira de pintar se intitulava "Sociedade Anônima dos Artistas, Pintores, Escultores e Gravadores". Um nome um tanto longo, se comparado ao termo que os tornou famosos em todo o mundo: Impressionistas, simplesmente (ainda que tenha surgido a partir de uma crítica sarcástica ao quadro "Impressão, Sol Levante", de Monet).
  • Processo de criação
    Renoir pintou muitas naturezas-mortas durante a década de 1890. Afirmava que a criação desse tipo de pintura era relaxante: "Deixo meu cérebro descansar enquanto pinto flores". "Rosas-de-Musgo" (1880) e "Frutos do Midi" (1881) são belos exemplos dessa época. As esculturas, por outro lado, foram sua obsessão nos últimos anos de vida. Ainda que não mais conseguisse fazê-las sozinho, afirmava, com bom-humor: "Eu nunca acho que terminei um nu até sentir que posso beliscá-lo".
  • Primeiro amor
    Renoir só viria a se casar com Aline Charigot quando passava dos 40 anos. Antes disso, o mais famoso relacionamento do pintor foi com a também "modelo" Lise Tréhot. Ele tinha 20 anos quando a jovem, então com 16 anos. Morena, lânguida e de traços marcantes, Lise posou para diversas telas do então jovem artista (calcula-se que Renoir tenha retratado a amante mais de 20 vezes, entre 1865 e 1872). Lise acabou se casando com outro homem, jamais voltando a encontrar Renoir.
  • Renoir em São Paulo
    O Museu de Arte de São Paulo realizou uma grande mostra retrospectiva da carreira de Renoir, no ano de 2002. "Renoir - O Pintor da Vida" reuniu 140 obras do artista e de seus "amigos" impressionistas, atraindo um numeroso público ao museu. O Masp, por sinal, possui em seu acervo um dos mais conhecidos quadros de Auguste Renoir: "Rosa e Azul" (1881), onde vemos as duas pequenas irmãs, de mãos dadas, uma de rosa e outra de azul.

Contexto histórico
As impressões de um tempo remoto


Um fato ocorrido ainda na juventude de Renoir é bem marcante das mudanças que aconteciam em sua época: após cinco anos trabalhando como pintor de porcelanas em Paris, o jovem perdeu seu emprego devido à criação de um processo mecânico de estamparia em louça. Era a sociedade industrial que crescia, com suas máquinas e produção em massa.

Alguns anos depois, em 1870, Renoir foi convocado para a guerra franco-prussiana, mas faz de tudo para voltar a Paris, o que acontece no ano seguinte. Foram anos difíceis para os impressionistas: Monet fugira para a Inglaterra, e Bazille acabou morto em combate. Seria apenas em 1974 que os amigos voltariam a se reunir.

Renoir já foi considerado um "hedonista burguês" por retratar tantas cenas de pessoas se divertindo, comendo e bebendo. Ou mesmo por realizar tantos retratos de amigos e personalidades da dita "alta sociedade". Porém, como em toda crítica radical, é injusto caracterizá-lo dessa maneira. Renoir só conseguiu viver confortavelmente depois dos 40 anos, e era o tipo de artista que só trabalhava quando estava feliz (e talvez exatamente por isso não tenha enriquecido precocemente). Foi, também, um pintor que não teve medo de mudar seu estilo quando sentiu essa necessidade: durante alguns anos, após voltar das viagens à Argélia, Espanha e Itália, dedicou-se a temas mais clássicos e formalistas.

Sua habilidade em pintar a luz que passa por entre folhagens e atinge o solo e as pessoas em pequenos pontos de claridade e sombras era excepcional. A atmosfera alegre e descompromissada de trabalhos como "Le Moulin de la Galette", de 1876, também emocionam e, nostalgicamente, nos remetem a uma época que não existe mais. No fim da vida, Auguste realizou ainda diversas esculturas, geralmente de mulheres de formas voluptuosas. Mesmo não conseguindo usar as mãos habilmente devido à artrite e ao reumatismo, produziu diversas peças tendo dois ajudantes como seus "braços".

Sites relacionados
  • Jeu de Paume - Este museu, localizado em Paris, tem uma vasta coleção de quadros de Renoir.
  • Spanish Arts - Este portal traz muitas informações sobre artistas e movimentos estéticos. Em espanhol.
  • ArtCyclopedia - Links para museus ao redor do mundo que possuem obras de Renoir (entre eles o Masp).
  • Análises da obra "Rosa e Azul" (1881), de Renoir.
  • Olga’s Gallery - Aqui, é possível conferir as imagens de mais de 200 trabalhos de Renoir.

Principais obras

1. "Le Moulin de la Galette" (1876) - O clima amigável e descontraído nos faz ter vontade de "adentrar" o quadro.
2. "O Almoço dos Remadores" (1881) - Retrata um almoço de domingo à beira do rio Sena. Tipicamente francês.
3. "Rosa e Azul" (1881) - As duas pequenas "bonecas", loiras, de pele claríssima e vestidos encantadores, dão-se as mãos.
4. "As Banhistas" (1884-87) - Exemplo da mudança de estilo do pintor, depois de sua volta da Itália. Traços mais delineados e cores suaves.

Fonte:  http://mestres.folha.com.br/pintores/16/

Vida e obra de Gustav Klint.


Biografia - Gustav Klimt (1862-1918)
Fantasias douradas

Em 1894, ao receber a incumbência de pintar três grandes painéis para o teto do auditório da Universidade de Viena, o artista Gustav Klimt provocou escândalo. Os professores e diretores da Universidade de Viena ficaram chocados. Acharam que aquilo era uma provocação, um emaranhado caótico e sem sentido de imagens, algumas delas supostamente beirando a pornografia. Ao representar as figuras da Filosofia, da Medicina e da Jurisprudência -- os três cursos da Universidade --, Klimt deixara de lado o estilo que o consagrara até ali. Entre outras obras, ele já havia assinado a decoração do teto e das escadarias laterais do imponente Teatro Municipal de Viena, além de ter finalizado o projeto de decoração do Museu de História da Arte da cidade. Era, portanto, quase uma espécie de muralista oficial, filiado à Sociedade dos Artistas Vienenses. Mas, dessa vez, nos painéis da Universidade, lançara mão de alegorias inusitadas, em que corpos nus femininos eram apresentados em poses tidas como obscenas, enquanto os rostos, com olhos semicerrados e bocas entreabertas, passavam um ar de lascívia e de uma mórbida sensualidade. Sem falar que, ao abandonar o olhar realista e adotar os maneirismos da art nouveau, Klimt provocou duplo espanto entre os tradicionalistas. Em 1906 conheceu Egon Schiele em cuja obra exerceu grande influência. A polêmica teve início em 1900, quando Gustav Klimt, já rompido com a conservadora Sociedade dos Artistas Vienenses, passara a dirigir uma entidade dissidente, a Secessão de Viena. Em uma exposição patrocinada pelo novo grupo, exibiu o primeiro dos três painéis, A Filosofia. Alvo de acirradas controvérsias, prosseguiu no trabalho durante mais alguns anos, aem 1905 retirou os painéis e devolveu seus honorários , após receber uma saraivada de críticas que extrapolou os muros da Universidade e reverberou na imprensa local.. O último painel, A Jurisprudência, foi concluído somente em 1907. Livre das amarras oficiais, Klimt deu prosseguimento a sua carreira com uma dose ainda maior de liberdade. Deixou a Secessão para, com outros colegas, fundar o chamado Grupo Klimt. Apesar do escândalo dos painéis para a Universidade, tornou-se o artista predileto da sociedade local, destacando-se como um retratista original, especializado em pintar rostos femininos envoltos em uma esmerada ornamentação, o que viria a se tornar uma marca registrada. Seus trabalhos mais famosos pertencem à chamada "fase dourada", na qual mais uma vez retratou preferencialmente mulheres, de forma quase figurativista, mas em que as figuras humanas são adornadas por espirais, arabescos, pequenos objetos e formas geométricas. O aspecto naturalista das mãos e corpos contrasta com o fundo exuberante e fantasioso. Barbudo, na maioria das vezes envolto em uma túnica escura sem colarinho, Gustave Klimt tornou-se uma figura exótica, célebre por seus muitos casos amorosos. Ao longo de muitos anos tentou, sem sucesso, ser admitido na Academia de Arte de Viena. Só em 1917, aos 55 anos, recebeu o devido reconhecimento, ao ser eleito membro honorário daquela entidade. Não houve tempo, contudo, para desfrutar de tal homenagem. No início do ano seguinte, em janeiro, sofreu um ataque de apoplexia e morreu quase um mês depois.


Curiosidades

  • Trabalho por encomenda
    No início da carreira, Gustav Klimt trabalhava junto com um de seus irmãos, Ernst. Ainda rapazes, ao entrar na Escola de Artes Aplicadas de Viena, os dois conheceram um outro jovem artista, Franz Matsch, de quem se tornaram amigos e parceiros profissionais. Ao deixar a escola, o trio montou um estúdio particular em sociedade e começou a receber encomendas. Gustav, Ernst e Franz fizeram alguns trabalhos de painéis decorativos em mansões na cidade até surgir o primeiro grande convite: decorar as escadarias e o teto do Teatro Municipal de Viena.
  • Exposição triunfal
    Após romper com a Sociedade dos Artistas Vienenses e fundar a Secessão, Gustav Klimt e outros membros do grupo montaram, em 1898, uma exposição coletiva. Realizada na Associação dos Construtores de Jardins da cidade, o evento foi visto com desconfiança pelos críticos. Mas foi um sucesso de público e de venda. Cerca de 60 mil pessoas visitaram a mostra. E o volume de obras negociadas foi tão elevado que, com o dinheiro obtido, a Secessão conseguiu construir sua sede própria.
  • Destruídos pelo fogo
    Os controvertidos painéis pintados por Klimt para o auditório da Universidade de Viena renderam-lhe a acusação de "perverter a juventude". Infelizmente, a obra não sobreviveu para contar sua história. Em 1945, um incêndio a reduziu às cinzas. Dos painéis originais, restaram apenas algumas poucas fotografias, quase todas em preto e branco.
  • A prima
    Gustav Klimt era um mestre do desenho erótico. Na maior parte de seu trabalho em papel, vê-se mulheres em poses lânguidas, seminuas ou em trajes sumários. Uma de suas modelos favoritas era a prima Emilie Flöge, a dona de uma sofisticada loja de modas e com quem o artista manteve um longo romance, embora nunca tenha se casado com ela.
  • Painel milionário
    Em 1904, o milionário e industrial belga Adolphe Stoclet encomendou ao arquiteto vanguardista Joseph Hoffman a construção de um palácio em Bruxelas. Coube a Gustav Klimt a realização de um mural para a sala de jantar. Klimt concebeu então o painel "Árvore da Vida", no qual utilizou pastilhas douradas, pedaços de azulejos, mármore, metal esmaltado e até mesmo pedras preciosas.

Contexto histórico
Viena, epicentro cultural

Na virada do século 19 para o século 20, a cidade de Viena produziu uma extraordinária geração de pensadores e artistas. Entre eles, o pai da psicanálise, Sigmund Freud, o filósofo Ludwig Wittgenstein, os escritores Karl Kraus e Hugo von Hofmannsthal, os compositores Gustav Mahler e Arnold Schönberg. Seus nomes, junto com o de Gustav Klimt, ajudaram a compor e dar relevo ao epicentro cultural que os historiadores costumam chamar de "modernidade vienense".

Viena, capital da Áustria, viveu intensamente a transição entre os dois séculos, período caracterizado por um cenário de efervescência política, intelectual e ideológica, que teria visíveis desdobramentos na história européia das décadas subseqüentes, até a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Era o momento em que assistia-se à derrocada definitiva de uma estrutura social baseada em uma aristocracia agrária e financiada por mercadores burgueses. Novas forças econômicas e políticas -- assim como novas reivindicações e demandas sociais -- surgiam no bojo da Revolução Industrial.

No mundo das artes, tem início a chamada Art Nouveau, essencialmente gráfica e decorativa, uma reação ao academicismo no qual estava impregnada a arte do século 19. O trabalho de Klimt se desenvolveu a partir da Art Noveau, mas evoluiu para um estilo pessoal, com assumida influência da arte da Antiguidade, especialmente egípcia e grega, mas também dos famosos mosaicos bizantinos.

No final da vida, Klimt aproximou-se da estética impressionista, inclusive tendo passado a se concentrar na pintura de paisagens. Mas suas experiências e ousadias formais, especialmente suas ornamentações recheadas de detalhes e motivos oníricos, em que os símbolos substituem a tarefa de retratar o mundo natural, abriram caminho para o abstracionismo, que marcará em grande medida as artes do século 20.


Sites relacionados
  • WebMuseum - Museu virtual com informações biográficas e imagens ampliáveis de várias obras de Klimt. Em inglês.
  • ArtCyclopedia - Localização das principais obras de Klimt, espalhadas em vários museus e galerias de todo o mundo. Em inglês.
  • Pintores famosos - Uma das poucas páginas com informações em português sobre o artista.
  • Folha Online - Veja tudo o que já foi publicado sobre Gustav Klimt na Folha Online.
  • Klimt.com - Site com informações biográficas e reproduções de obras do artista vienense. Em inglês.
  • Fundación Juan March – Site sobre exposição de Klint: "A destruição criadora" realizada na Fundação em outobro de 2006 à janeiro de 2007, com informações importantes sobre vida e obra do artista e links para exposições anteriores. Em espanhol.


Principais obras

1. Judite (1901) - A personagem bíblica que, recriada pelas mãos de Klimt, transforma-se em mais uma das "mulheres fatais" concebidas pelo artista.

2. Emile Flöge (1902) - Um dos muitos quadros que pintou tendo sua prima e amante como modelo.

3. O Friso de Beethoven (1902) – Inspirado na 9ª Sinfonia de Beethoven, composto em três tempos: A aspiração à felicidade, Forças Inimigas e Hinos à Alegria. Foi exposto na XIV Exposição da Secessão de Viena que foi em homenagem ao compositor.

4. A Árvore da Vida (1904) - Painel concebido para o Palácio Stoclet. Nele, destaca-se "O Abraço", uma das obras mais reproduzidas de Klimt.

5. Judite II (1909) - O artista revisita o tema da personagem do Antigo Testamento.

6. O Beijo (1911) - A obra mais famosa de Klimt, que imortalizou seu estilo único, com corpos humanos envoltos em intricadas e sofisticadas ornamentações douradas.

Fonte:  http://mestres.folha.com.br/pintores/20/

Animação incrível!!! - "Resonant Chamber"

Olá queridos amigos,

Uma fantástica máquina musical feita através de animação computadorizada.  Incrível!!!

Visitem o site dos criadores:

www.animusic.com 

terça-feira, 28 de junho de 2011

Rosa de fita.

Olá amigos,

Achei um vídeo muito interessante no Youtube, ensinando a fazer rosa de fita.  Então, este post vai especialmente para os apaixonados por rosas (como eu.... rsrsrs) para que aprendam mais uma técnica muito fácil de fazer, mas com um resultado lindo!

Com o carinho de sempre!

Lilian

Aqui a rosinha pronta. Não é linda?

domingo, 26 de junho de 2011

Andre Rieu e Mirusia Louwerse - Concerto para uma só voz.

Queridos amigos,

Quem não se encanta e se emociona com os magníficos espetáculos de Andre Rieu, seus cantores e músicos.

Eu escolhi uma das músicas que mais gosto, na voz da magnífica cantora lírica Mirusia - Concerto para uma só voz.

Fredo - artista prodígio.

Queridos amigos,

Hoje, estou fazendo a primeira postagem sobre artistas prodígio.  Será que já procuraram sobre esse tema na internet? Tenho certeza que se surpreenderão tanto quanto eu, em virtude da quantidade existente.

Neste post, estou mostrando imagens dos desenhos de Fredo,  um jovem autodidata de 20 anos, nascido em Santiago do Chile.









Havendo interesse, poderão visitar seu website oficial:

http://www.fredosis.com/#/home

sábado, 25 de junho de 2011

Playing For Change - Song around the world.

Queridos amigos,

Talvez já tenham visto no youtube alguns dos vídeos dessa série entitulada: 

Playing For Change -  Song around the world.  

São vídeos muito legais com músicas cantadas por cantores de rua,  de diversas regiões do mundo. 
Vale a pena assisti-los!!!

Um lindo final de semana a todos!

Lilian




quinta-feira, 23 de junho de 2011

Arte com fuxicos.

Queridos amigos,

Navegando e pesquisando na net, me deparei por acaso, com alguns trabalhos muito lindos feitos com o nosso conhecido fuxico.  E não poderia deixar de dividir com vocês essas idéias geniais.

Aproveito para contar que em inglês o fuxico é conhecido como Yo-yo. 
Então, quando quiserem pesquisar é só usar esse nome, ou então yo-yo quilt, ou ainda, yo-yo corvelet.

Agora vejam que lindos trabalhos:

Este me surpreendeu, maravilhoso!!!
Que trabalho delicado!



Achei demais esses anjinhos!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A arte extraordinária de Vik Muniz.

O artista paulistano Vik Muniz é, entre os artistas contemporâneos da nova geração, o de maior visibilidade.

Com obras em acervos de museus como o Metropolitan, o Whitney, o MoMA, de New York e o Reina Sofia, de Madri, o artista plástico brasileiro é muito mais conhecido no exterior que no seu próprio país - onde seu trabalho mais famoso era exatamente o de chocolate na capa do CD Tribalistas, ficando posteriormente mais conhecido através das suas obras exibidas diariamente na abertura da novela Passione.

Explorar o horizonte da percepção visual usando materiais inusitados como serragem, açúcar, areia, papel de parede, jornais ou lixo numa obra de arte não é algo novo, pois Picasso e Braque já o faziam por volta de l9l2 em Paris. Mas Vik usa açúcar, arame, terra, barbante, chocolate, especiarias, lixo, gel, mel, poeira e outros elementos de uma maneira radicalmente criativa, sendo que essas são suas matérias primas e não meros adereços. 

No final de 2010, lançou em New York o documentário "Lixo Extraordinário", um registro do seu trabalho com catadores de lixo do aterro Jardim Gramacho em Duque de Caxias - RJ, onde está localizado o maior aterro sanitário da América Latina. 

A arte de Vik Muniz, embora contemporänea, transcende valores simplesmente estéticos, levando seu público a questionamentos sociais e históricos e a novas interpretações em uma releitura de clássicos, criando grande empatia e intensa interatividade com a sua obra.


Auto retrato em mosaico feito com recortes de revistas e depois fotografado.

Obra realizada para a novela Passione.

Obra realizada para a novela Passione.
Obra realizada para a novela Passione.


Abaixo, a obra realizada à partir desta fotografia - fantástico!!!








Abaixo,  o trailer oficial do documentário "Lixo extraordinário",  realizado em 2010,  sobre o aterro Jardim Gramacho, um dos maiores aterros sanitários do mundo. 



 Interessados em conhecer um pouco mais da vida e obra desse extraordinário artista, poderão visitar seu site oficial:
http://www.vikmuniz.net/